Esteatose Hepática: o que é?
Sem sintomas claros, esse problema já atinge 30% da população brasileira. Descubra o que causa a gordura no fígado e como fazer o diagnóstico
O fígado aguenta décadas de agressões sem dar sintoma algum de esgotamento. Se por um lado essa robustez é uma vantagem, por outro mascara uma doença que cresce assustadoramente: a esteatose hepática não alcoólica, a popular gordura no fígado. O que ela é e o que causa?
“Estima-se que ela já atinja 40% dos adultos que moram no Ocidente”, conta o hepatologista Raymundo Paraná, presidente da Associação Latino-Americana para o Estudo do Fígado.
Claro que esse fenômeno não vem sozinho: ele é resultado (e anda ao lado) de desgovernos em outras redondezas do corpo. Ora, de acordo com o Ministério da Saúde, 54% dos brasileiros estão acima do peso e 18% são considerados obesos — estatística que sobe a cada ano que passa.
“Isso se reflete num pacote de malefícios que chamamos de síndrome metabólica, com o aparecimento de alterações no colesterol, hipertensão, diabetes e a esteatose”, observa o gastroenterologista Fernando Wolff, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
O caráter silencioso, inclusive, faz o acúmulo de gordura ser uma condição ainda mais perigosa: como não há queixas, o sujeito vive anos sem se preocupar com o que se passa dentro do abdômen. Nesse meio-tempo, o risco de sofrer um ataque cardiovascular, como infarto ou AVC, duplica.
“Para piorar, 15% desses indivíduos evoluem para um quadro mais sério, a esteato-hepatite”, calcula Paraná. Nessas circunstâncias, o pobre fígado é refém de inflamação e lesões e não consegue trabalhar direito. Se nada for feito, um câncer ou uma cirrose são a próxima etapa.
A coisa está realmente feia mundo afora: nos Estados Unidos, a esteatose superou o alcoolismo e virou a segunda principal razão para fazer um transplante hepático — só fica atrás das hepatites virais. Um levantamento da Universidade Austral, na Argentina, mostra que os tumores provocados pela enfermidade aumentaram sete vezes na América Latina entre 2005 e 2012.
A boa notícia é que dá pra intervir bem antes de o fígado ir para o brejo. Basta fazer um ultrassom para ter o diagnóstico e, a partir daí, iniciar uma terapia simples e efetiva — sem a necessidade de tomar remédios! “O pilar do tratamento é emagrecer por meio de mudanças na dieta e prática de exercícios”, resume o hepatologista João Marcello de Araujo Neto, do Instituto Nacional de Câncer.
“Estima-se que ela já atinja 40% dos adultos que moram no Ocidente”, conta o hepatologista Raymundo Paraná, presidente da Associação Latino-Americana para o Estudo do Fígado.
Claro que esse fenômeno não vem sozinho: ele é resultado (e anda ao lado) de desgovernos em outras redondezas do corpo. Ora, de acordo com o Ministério da Saúde, 54% dos brasileiros estão acima do peso e 18% são considerados obesos — estatística que sobe a cada ano que passa.
“Isso se reflete num pacote de malefícios que chamamos de síndrome metabólica, com o aparecimento de alterações no colesterol, hipertensão, diabetes e a esteatose”, observa o gastroenterologista Fernando Wolff, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
O caráter silencioso, inclusive, faz o acúmulo de gordura ser uma condição ainda mais perigosa: como não há queixas, o sujeito vive anos sem se preocupar com o que se passa dentro do abdômen. Nesse meio-tempo, o risco de sofrer um ataque cardiovascular, como infarto ou AVC, duplica.
“Para piorar, 15% desses indivíduos evoluem para um quadro mais sério, a esteato-hepatite”, calcula Paraná. Nessas circunstâncias, o pobre fígado é refém de inflamação e lesões e não consegue trabalhar direito. Se nada for feito, um câncer ou uma cirrose são a próxima etapa.
A coisa está realmente feia mundo afora: nos Estados Unidos, a esteatose superou o alcoolismo e virou a segunda principal razão para fazer um transplante hepático — só fica atrás das hepatites virais. Um levantamento da Universidade Austral, na Argentina, mostra que os tumores provocados pela enfermidade aumentaram sete vezes na América Latina entre 2005 e 2012.
A boa notícia é que dá pra intervir bem antes de o fígado ir para o brejo. Basta fazer um ultrassom para ter o diagnóstico e, a partir daí, iniciar uma terapia simples e efetiva — sem a necessidade de tomar remédios! “O pilar do tratamento é emagrecer por meio de mudanças na dieta e prática de exercícios”, resume o hepatologista João Marcello de Araujo Neto, do Instituto Nacional de Câncer.
Fonte: Saúde - Abril
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